26 dezembro 2007

Natal em Guaíra

A minha expectativa para minha segunda viagem pós-independência para Guairá era grande. Seria uma junção de coisas: apresentaria a Dinha para meus parentes de lá, seria o primeiro Natal sem a tia Teresa, seria talvez a re-consolidação dos meus laços com meus parentes de lá, já que fui poucas vezes lá, e a última vez faz dois anos.
Sempre quando eu viajo a pista da marginal que sempre está com engarrafamento é a da sentido Lapa, e isso me causava medo, pois cogitava a hipótese de perdermos tempo nela, e inacreditavelmente foi à pista sentido Penha que estava transbordando de veículos, a pista da sentido Lapa estava mega vazia, o bus fluiu numa boa até a Bandeirantes.
Chegamos dentro do previsto em Barretos, mas não lembrávamos de um pequeno detalhe na conexão para Guairá: o horário do primeiro circular. Seria às 08:30, ou seria mais $30 se quiséssemos pegar uma conexão via Gontijo que ia para Betim-MG. Lógico que esperamos pelo circular.
Indo a pé para a casa da tia Teresa encontramos o William numa motoca indo pagar um carnê, mas mudou de idéia em seguida, nos acompanhando de volta. Quando chegamos na casa da tia Teresa estavam nos esperando a prima Sônia, o tio Nininho e a prima Sandra. O primo Luis chegou próximo ao almoço.
Naquele primeiro dia re-ensinei a Dinha a andar de bicicleta, pois além de ser algo delicioso, aproveitaríamos muito pouco da cidade andando a pé. No meio da tarde fomos de bicicleta até a casa do primo Sérgio e conhecemos a locadora dele.
No Domingo pela manhã o Luis pegou Dinha e eu para almoçarmos no galpão do cunhado da esposa dele, mas ficamos pouco, pois no início da tarde a prima Adriele e a Cleise jogariam vôlei no ginásio da lagoa. Assistimos a dois jogos dum campeonato de férias que inventaram com umas meninas que jogam vôlei na cidade. Depois Dinha e eu fomos comer um lanche na frente da Santa Casa.
Minha família joseense chegou no finzinho da tarde, voando baixo em seis horas no Palio. A ausência do João foi sentida pelos meus parentes de Guairá.
Às sete horas do Domingo meu pai, Nininho e eu pegamos o Sérgio e fomos numa fazenda dum amigo dele, o Vicente. Lotamos o porta-malas com vários tipos de manga e de mandioca. A casa abandonada dos donos dali mostra como eles eram um tipo de senhores feudais: casa espaçosa, vários cômodos e alguns morcegos de plantão.
No almoço minha mãe fez um prato para me agradar: um panelaço de salsicha. Nem precisa dizer que fiz uma montanha no prato.
Na segunda-feira Dinha, primo Jean e eu fomos numa lan house e criamos uma comunidade chamada “Famílias Moura & Goulart”, e pretendemos colocar todos os nossos parentes cibernéticos, mas somente aqueles que conhecemos. A nossa meta é atingir um milhão de integrantes.
À noite fomos à casa do Luis por volta das 22h, e Dinha e eu voltamos pouco depois da meia-noite.
No dia de Natal passamos a tarde no galpão dum amigo do Luis, o Feliciano, mas Dinha e eu voltamos antes do entardecer, pois se criou duas panelas distintas, assim como dois mundos paralelos e bem diferentes. Antes, tirei fotos de todos, de irmãos com irmãos, de casais, de primos. As duas mais legais na minha opinião foram a do meu pai com meus tios, e a minha com meus primos de segundo grau.
À noite, meu pai disse algo que me chateou muito e achei melhor não criar caso, já que estávamos em Guairá e era dia de Natal, não estava afim de ficar com uma imagem de pós-aborrescente-pós-adolescência. Para esfriar a cabeça, Dinha e eu fomos andar de bicicleta e tirar umas fotos da cidade.
De volta a casa, Lorena estava triste e Dinha tentou ajudar / conversar com ela. Enquanto isso eu anotei o níver de quase todos e tentarei ligar ou mandar um e-mail.
A volta para casa também foi tranqüila na estrada e na marginal, ao contrário de como estava na Avenida do Estado sentido centro. Os ônibus sentido bairro estranhamente estavam lotados, mas conseguimos ainda assim sentar logo.
Dinha me disse que estava adorando a cidade e que estava apaixonada por mim mais do que eu imaginava e mais do que quando a pedi em casamento. Lord, thank you so much for so much.
O Luis disse que a filha da Rose, Daniela, poderia arranjar um trampo no Banco Real para mim. Peguei os e-mails dela, mas tenho lá minhas dúvidas quanto à facilidade de entrar lá.
O pessoal de lá ficou besta de como eu gostava de ajudá-los lavando a louça, pois a cultura machista é muito forte em cidades do interior. Eles achavam graça e brincavam dizendo que queriam minha visita regularmente lá, já que ninguém gostava de ajudar na louça.
Este foi meu primeiro Natal com Dinha, e espero que seja o primeiro dos próximos 75 Natais que pretendemos passar juntos.

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