31 janeiro 2007

Poesia póstuma e sem título

Esta poesia eu fiz em Setembro passado para Bertolin, que não estendera a mão para pegar... o pessoal da Beira Rio elogiou pacas esta minha criação singela:



Não fizeres nada, apenas me olhaste
O suficiente para aprisionar
Minha alma em teus lábios
Tão fatais quanto estes versos.

De onde você veio? Do que você é feita?
Porque eu fui o destinado?
Destilado em um copo, estou pronto para que me beba
Para enfim estar em ti de vez.

Paciência é a palavra chave do jogo
Mas onde está o sutil limite
Entre a ansiedade e a impaciência?
Eu fico parado em cima da faixa amarela .

O possível aspira o impossível
O casto se assemelha ao sagrado
O que parece doce, parece pecado
E minha vontade de você, me rasga por dentro.

A dúvida atrapalha tanto quanto a chuva
A sede me impulsiona tanto quanto o sangue
O veredito, é tão pessoal e intransferível
Quanto o ato de se permitir ou se privar.

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