18 janeiro 2009

Bopiranga

Confesso que quando estava em Bopiranga, estava sedento para expor meu rancor para fora - sei que é uma palavra muito forte, e dependendo de como usada, estúpida e desnecessária, mas na ocasião, achei justa a definição. Mas mudei de idéia antes mesmo de voltar à SP.
Passadas quase 03 semanas de nossa viagem de ano novo, voltei atrás de novo e acho que devo escrever. Acho que sanei minha maior dúvida sobre este post, que era o que escrever e principalmente como escrever. Mas não sei se terei êxito nesta minha proposta.
Acho que foi uma maneira não muito saudável de testar minha maturidade numa situação de pressão psicológica numa situação de extremo desconforto - físico e psicológico.
Não que minhas viagens de ano novo sempre fora uma maravilha (com exceção à de Camboriú que foi um must), mas essa confesso que passou dos limites. Mas hoje vejo que ela foi benéfica para mim, me fez e faz refletir sobre muitas coisas e aspectos - não que eu não o faça 24 horas por dia, mas tenho tido pequenos estalos nestas 03 semanas.
O maior problema dos seres humanos é a comunicação (e em muitos casos, a falta dela). E lá foi uma clara prova do que eu posso estar evitando em minha vida, em todos os sentidos. Acredito que em minha vida amorosa estou fazendo exemplarmente a lição de casa, não está digno de um 10, mas acho que um 09 já alcancei com a Dinha, com a benção de Deus.
Em relação à minha família joseense, tem sido um exercício regular e com avanços pequenos, mas significativos. O grande problema numa conversa é que, para seu sucesso, ela depende da disposição das duas pessoas, o que nem sempre acontece.
Quanto à minha família nova, confesso que que está sendo pisar em ovos no que se diz respeito à problemas alheios. Eu particularmente tenho muita vontade de ajudar a todos, mas as pessoas precisam estar abertas a ouvir as críticas e a receber conselhos, e aí é que mora o problema. Como ajudar pessoas que não estão acostumadas a receber ajuda e conselhos? Não quero invadir a privacidadede ninguém, e tampouco criar um problema diplomático, mas é difícil quando se é novato no pedaço, principalmente pelas pessoas facilmente me rotularem de"boyzinho", só pelo fato de ter uma faculdade e achar que posso e mereço do bom e do melhor. Parece uma frase típíca de um "boyzinho" fresco, mas a questão é devemos gozar sempre, e não só no final - como diria nossa colega Marina Lima. Frequento lugares como o bar do Nogueira sem problema algum, mas me dou o luxo de estar onde quiser, quando quiser. Quando posso, claro.
Confesso que tenho sofrido muitas baixas no time de meus amigos, já que um a um tem se recolhido em sua bolha por inquisição de seu respectivo cônjuge serem um poço de obcessividade. Antigamente me abalava mais, hoje tenho lidado melhor com as novas baixas, mas é um problema que tento resolver paliativamente.
Tenho pensado muito em como posso tornar anda melhor a relação com todos os meus pupilos. A comunicação geralmente é boa, mas sempre tem alguns ruídos que incomodam um pouco, e esta viagem à Bopiranga me faz pensar em três problemáticas: Como eliminar os ruídos? Como ceder mais sem perder o foco? Como trazê-los para ainda mais perto dos meus objetivos?
Adolescência é uma fase complicada, e quero que a tabelinha eu-alunos seja absurdamente redonda. Claro que eu tenho um milhão de pensamentos e vontades que querem ao mesmo tempo serem atendidas imediatamente, mas acredito que a cada semestre que passa, conduzo melhor meu norte.
Paciência deverá continuar sendo uma das palavras chaves de meu sucesso, agora é achar o tom certo para deixar a música hipnotizante.
E uma que infelizmente faltou na Fuvest:

Disciplina.

Um comentário:

Anônimo disse...

Rogério,
para mim é um grande sinal de maturidade quando assumimos a posição de reflexão e aprendizagem com as situações difíceis que vivemos. Fico feliz em perceber que mesmo que a passagem de ano tenha ficado distante do que você imaginava, de alguma forma você tenhou tirar algo de bom nisso.
Queria aproveitar para dizer que você acertou ao apontar os "ruidos" da comunicação como sendo um dos pilares dos mal endimentos. No entanto, quando você fala sobre críticas ou conselhos, acredito que não seja apenas porque as pessoas não estão preparadas a serem ajudadas. É um mecanismo de defesa e como sempre diz a Meire: "a gente pode dizer qualquer coisa, depende da forma". Acho que as pessoas precisam lapidar seus ouvidos, mas você também esta aprendendo a se expressar de maneiras diferentes com pessoas diferentes. Quanto a nossa comunicação também acho incrível o qual de sintonia, de troca e prazer em nossas conversas.