28 junho 2009

Tapetão

Procurei no Aurélio e no Priberam uma definição menos passional para o termo "tapetão", e infelizmente não encontrei, para aumentar ainda mais minha cólera (como uma palavra tão importante e tão presente na vida dos brasileiros não está nos dicionários? que absurdo!). O pior é que nunca achei que seria vítima usando este termo.
Pois bem, sinto-me tão lesado que estou começando a duvidar que exista justiça neste mundo dos homens. Acho que a sensação de frustração que estou sentindo é infinitamente maior que a do resultado da Fuvest 2009, quando caí de joelhos pela segunda vez na primeira fase.
Este ano eu listei uma séie de metas para atingir, conforme uma post que fiz em Dezembro ou Janeiro, não me lembro agora, e assim como o amor surge e nossas vidas, apareceu um desafio inédito para mim qual aceitei. Incluí na minha lista de metas, mas aceitei com uma condição: tinha que ter a minha marca, não precisaria ser um blockbuster, mas teria que ser muito melhor que o feito geralmente na praça, que geralmente dava vergonha. Impus uma série de condições para que essa nova meta fosse digno de ser vista e lembrada (quem sabe) pelas gerações futuras como um modelo a ser seguido.
Não gosto muito de aparecer em nada do que eu faça ou onde quer que eu esteja, seja na roda de amigos, nos locais de trabalho, nas universidades onde estudei e estudo, mas acho que tudo que desenvolvo tem q sair na mais perfeita das condições, ou que chegue bem perto disso. Acabei de lembrar o primeiro dia dos namorados que passei ao lado da Dinha, como fui meticuloso com o planejamento para esta data: faltei no cursinho nas duas noites anteriores para comprar presente, flores, chocolate, cartão; depois liguei uma meia dúzia de vezes de manhã para ela, pois queria entregar pessoalmente no trabalho dela, e como eu tinha que trabalhar e ela morava muito próxima de mim, tinha q ter o cuidado de não esbarrar com ela no meio do caminho mas tb de sair logo em seguida dela, para não chegar muito atrasado na Beira Rio. O resultado foi uma surpresa como jamais consegui fazer igual em toda minha vida, e o resultado, os atuais dois anos de namoro.
Enfim, com tal projeto pessoal que comecei a falar neste post, tracei metas, pus a mão na massa, fui atrás de subsídios para que ficasse do agrado de quem fosse apreciar, me preocupei mais com o recheio do que com a cereja, me preocupei que tivesse minha marca e opinião do que fosse composto por louros alheios.
Mas na hora da qualificação, de receber os louros pela minha atitude, pelo meu empenho, pela minha ousadia, pelo furor que tomou a todos a minha volta, veio o balde d'água fria: indiferença, desdém, ignoraram os fatos, e tomaram a decisão que foi contra a lógica e a vontade de quem viu minha master-piece, me colocaram na baciada dos medíocres.
Confesso que tenho vontade de jogar a toalha no ringue, pois acho que foi uma cachorrada das grandes, e desestimularam-me de uma forma absurda, totalmente brochante, humilhante. O pior é que quem receberá os louros não tem nada a ver coma história, que é outra coisa que me deixa maluco da vida, tipo eu me mato, deixo tudo n esquema e alguém leva a fama?
Que país é esse?

Um comentário:

Elise disse...

Minha nossa, o que foi que aconteceu?