29 julho 2009

Mais-valia

Sempre acreditei que saberíamos, como profissional, se éramos importantes para tal empresa se depois que saíssemos de lá, e principalmente na hora em que saíssemos se fôssemos bem recepcionados, se as pessoas lhe desejassem boa sorte, se fizessem questão de almoçar num lugar legal no seu último dia de trabalho naquela empresa, se lhe dessem alguma lembrancinha/presente, ou até mesmo um simples cartão (como aqueles de aniversário ou natal).
Falo isso porque vivenciei as duas situações, e as duas situações mexeram comigo. O carinho que recebi de algumas empresas na hora e que saí delas foi algo de tocar o coração de qualquer um, em algumas empresas houve choradeira minha, em outras houve choradeira de meus colegas de trabalho, e bom disso tudo é saber – e ouvir – que as portas estarão sempre abertas caso um dia quisesse/precisasse voltar.
Em outras empresas é incrível como eu e todos os outros fomos tratados como mais um, uma pessoa descartável, um número, e como todo o trabalho desenvolvido, todo empenho, toda assiduidade valesse p**** nenhuma, como se não tivéssemos feito nada além de nossa obrigação.
Esse tipo de relação fria me fez querer estudar mais a fundo as relações pessoais e profissionais e hj a área de Administração qual sou mais apaixonado é Recursos Humanos. Acredito que se cria u ambiente mais produtivo e mais qualitativo se valorizamos o capital humano, que não se limita a pagar o salário e o VT em dia e dar condições físicas de trabalho. O elogio constante é fundamental, palavras de carinho constantes são fundamentais, manter um cuidado com os ruídos nas relações profissionais e eliminá-los são fundamentais, e tem um milhão de chefes idiotas que não se atentam à isso, ou pior, não acreditam na eficácia dos zelos ao capital humano.
Isso é extremamente desmotivamente, saber que existem tantos chefes que não estão nem um pouco preparados para serem e o pior, acham que são tudo de bom naquilo que fazem, enchem o peito para dizer que tem tantos anos de experiência em tal assunto, e é cômico – para não dizer trágico – como parecem que nunca tiveram experiência com aquilo.

Um comentário:

Maria Santos Moura disse...

Querido Rogério, o corpo fala. Inicio meu comentário citando isso, porque nos ambientes das empresas sejam elas públicas, privadas, de micros à multis, ainda nas ONG, encontramos chefes que têm o elogio na ponta da língua, mas são vazios, são falsos, não merecem nenhuma credibilidade. O discurso não serve para nada se não há uma ação que o valide. Há muitas pessoas que têm o discurso do trabalho em equipe, fingem que se interessam por você, mas na prática, apenas querem produção. Na minha profissional, aprendi desde cedo, na prática e pelo estudo do comportamento humano, que não devemos balizar nossas ações pensando nos chefes, eles não são bons referenciais. Talvez, os colegas de profissão possam minimamente dar um feed back positivo. Mas, no fundo, acho que temos que ter a consciência tranqüila de que fizemos o nosso melhor e o melhor feed back vem do receptor final. Eles sim, podem te dizer o valor e a qualidade daquilo que você é.
Eu convivo com você diariamente e sei o quanto é comprometido , responsável e apaixonado pelo trabalho.