24 novembro 2008

33

Não tive muito ânimo para fazer qualquer outra coisa que não fosse ver filme, ontem, após a divulgação do gabarito, e de minha praticamente-matematicamente desclassificação ainda na primeira fase da Fuvest. Não queria fazer nenhuma atividade que exigisse agir ou pensar.
Bateu uma sensação de culpa tão grande por não ter tido um desempenho ao menos igual ao primeiro semestre do ano passado - 1/3 da culpa eu credito ao meu cansaço físico; 1/3 ao meu trabalho, que consome tempo em elaborar textos e corrigir atividades para meus alunos; e o último 1/3 a uma relativa falta de empenho em meio a essa escassez de tempo.
Mentalmente eu dizia que este trimestre no Objetivo seria apenas um aquecimento, mas depois que saí da prova com a sensação que daria para assegurar a classificação por conta de meu "possível bom desempenho" ontem, acabou geando um otimismo que depois gerou uma frustração sem tamanha. O pior é que dava para assegurar a vaga dentro da minha estratégia secreta, ams falhei no planejamento e na perseverança.
Para acordar hoje foi uma lástima, parecia que tinha acordado de um porre (psicológico. existe?) que quase amordaçou minhas costas na cama. Mas o compromisso fala mais alto.
De manhã não estava para muitos amigos, e chorei as mágoas com a Carol, Cris e William.
De tarde, me concentrei nas aulas e acabei esquecendo um pouco da prova, só lembrei quando me indagaram.
Bom, hoje resolvi não ir ao cursinho para evitar de ter de falar um milhão de vezes meu pífio desempenho, e também para elaborar as provas de CRMP (04 versões). Uma está pronta, as outras 03 tentarei matar esta noite.
O que me consola é que tenho ainda a Unifesp e que tenho uma Companheira com "C" Maiúsculo, que sempre tenta me deixar de alto astral, mesmo quando não mereço.
ETA.

Um comentário:

Anônimo disse...

... sobre a inteligência
Durante décadas o QI (quoeficiente de inteligência) foi extremamente super valorizado socialmente e historicamente havia um razão de ser. Foi importante tal descoberta, o ruim é que os testes de QI excluíam muita gente. Felizmente as pesquisas não pararam por aí e atualmente, estudiosos da Inteligência Emocional apontam que existem 08 tipos diferentes de inteligência (intrapessoal, interpessoal, natureza, sinestésica, musical, espacial, lógica/matemática e lingüística/verbal), sendo que das 08 as competências fundamentais são duas: Intrapessoal (capacidade de gerenciar as próprias emoções para conseguir resultados de qualidade) e Interpessoal (capacidade de relacionar-se com outras pessoas e principalmente de trabalhar em equipe).
A FUVEST não evolui, segue o mesmo estilo há muito tempo e valoriza apenas um aspecto da inteligência, excluindo de suas cadeiras acadêmicas muitas mentes brilhantes como a tua. Desta forma, existe o nome, mas não se pode atestar que todos que estão ali realmente farão jus ou se tornarão grandes profissionais.
Espero que tanto para você, quanto para outros que adiarão um pouco mais o projeto acadêmico de estudar no Butantã, não se sinta fragilizado, minimizado, ou que duvide das capacidades próprias, apenas porque não atingiram o número ideal neste momento.
E, por fim, quero dizer que para quem fez parte do colégio no ensino técnico, está longe da escola “normal” há cerca de 10 anos. Foi uma grande pontuação, comparando com muita gente e com o desempenho próprio que aumentou 8% (já que os números são tão importantes). E falando ainda me números, guarde esse por enquanto: Você é o número 1 do meu coração.




PS: o nº 33 foi a idade que Jesus desencarnou. Será que tem algo haver com o sonho?