15 novembro 2008

Cristiano da 05º série

Tornei a encontrar Cristiano pela 03º vez - ao caso, claro - desde que nos separamos na sétima série em 1995. Foi triste como nos dois encontros anteriores.
Não que eu desse muito valor para a amizade dele, já que ele era um retardado perdido na escola. Não que eu o culpe sozinho por ser retardado, mas infelizmente a família e escola brasileira estão prostituindo nossos jovens ao idiotismo crônico e geralmente irreversível.
Ele não lembrou de meu nome em nenhuma das vezes, não demonstrou interesse na conversa, em pedir telefone, em tentar rever os camaradas da escola, nada. Conversou por educação.
Ele leva a vida dele meio que estagnada num transe vazio. Há 16 anos está trabalhando como ajudante geral numa loja de 1,99 na Vila Diva, está amasiado com uma mulher quase que pelo mesmo período e com suas brigas de "casal normal" e não sai com os amigos.
Era uma época tão bonita - apesar dos pesares - que entristece-me ver que para a maioria foi apenas mais um dia, apenas.
Já conversei várias vezes com Maria sobre como é inacreditável que as pessoas não dêem importância nenhuma às amizades, que cortem as poucas amizades porque o cônjuge sente ciúmes. Parecem bois em currais, que estão pastando no automático de suas vidas, apenas de passagem, esperando sua vez de ir para o abate.
Gostaria de dizer aos poucos amigos que tenho - Maria, Denilson, Edgar - que os amo muito, inclusive os amigos que se foram da minha vida - Mariana, Salvador, Silvio, José Paulo, Felipe - por motivos tão tolos quanto este post.

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